Em dois sírios castanhos
É labareda forte que arde
E se alimenta de amores estranhos.
É uma febre que não se detém,
Loucura que me põe do avesso.
E silenciosamente me invadem
Amores que não conheço.
De que amor estranho padeço
Que me queima e me alumia?
Afectos estranhos que não desejo
E quero mais a cada dia!
Rendida a este pecado, confesso
Estou à deriva, vazia.
02/09/2014