sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Penedono - O Castelo

O Castelo de Penedono, também referido como Castelo do Magriço, na Beira Alta, localiza-se na povoação, freguesia e concelho de Penedono, no distrito de Viseu, em Portugal.
Em posição dominante sobre a povoação, esta pequena estrutura medieval constitui-se em um misto de fortificação defensiva e residência senhorial.


Na cota de 930 metros acima do nível do mar, nada sabemos de suas primitivas configurações. O actual castelo, de pequenas dimensões (com perímetro externo de cerca de 70 metros), data do final do século XIV, com complementos datando da passagem do século XV para o XVI.
Com a função de Solar, apresenta planta hexagonal irregular, com os panos laterais de muralhas ressaltados e protegidos por ameias piramidais. 


 No setor sudoeste da muralha destacam-se dois torreões esguios, coroados de ameias piramidais reentrantes, ladeando e protegendo a porta principal do castelo, encimada por um arco pleno que une ambos os torreões defensivos.



Por esta porta acede-se à praça de armas, de pequenas dimensões.
Dois outros robustos torreões prismáticos, com contrafortes e mísulas, são coroados por ameias piramidais.



















Torre de menagem.
  Em pedra de granito e xisto, no sector noroeste, a muralha é reforçada por um cubelo defensivo.

 O conjunto é completado por uma pequena barbacã, cuja cortina é rasgada por uma porta em arco ogival e pelo adarve. Por esta porta tem-se acesso ao perímetro do castelo.

 Porta de acesso ao castelo, a partir da qual se pode ver parte da uma parede, recortada por inúmeras janelas.
Na praça de armas do castelo, é possível ver réplicas de vários instrumentos de tortura usados ao longo do séculos. Estas réplicas foram feitas no âmbito da festa mediava que se realiza anualmente em Julho, e deixadas tanto no interior do castelo como nas suas imediações para apreciação.
















 Nas suas paredes, observam-se os vestígios das bases do travejamento de madeira dos pisos residenciais, sendo as paredes rasgadas por janelas quadradas ladeadas por bancos de pedra.

As janelas, quase todas com os bancos de pedra.


















Num dos ângulos da praças de armas, sob a torre de menagem, inscreve-se a cisterna, de secção poligonal, coberta por abóbada em cruzaria de ogivas.

Pormenor da cisterna.
Os caminhos acidentados entre a muralha e o castelo.





Ou a quase ausência de caminho!



Ruínas de uma casa existente dentro das muralhas do castelo, mas situada bem abaixo do mesmo, nas traseiras.


Ruínas do que poderiam ter sido mais edificações periféricas ao castelo.


O pelourinho da Vila
Pousada de Penedono, situada no largo em frente ao castelo.
Vista da rua principal da Vila de Penedono, a partir do castelo.


Detalhe da vila com a torre do sino ao fundo.


 "Plantação" de eólicas, que se avistam a partir de uma das janelas do castelo.


Para mais informação sobre o Castelo e Vila de Penedono, por favor consultar o link:



terça-feira, 13 de agosto de 2013

O tempo não passa

O tempo não passa depressa, agora.
O tempo arrasta-se.
E arrasta com ele a dor tão grande desta perda.
O tempo não passa depressa, agora.
O tempo alonga-se.
E alonga a dor que se afunda
Mistura-se com a saudade que chega,
Com a saudade que aumenta,
Que oprime o peito e não deixa respirar.

O tempo não passa depressa, agora.
O tempo estende-se.
E estende as memórias de uma vida tão curta.
O tempo não passa depressa, agora.
O tempo definha.
E definham as esperanças de uma existência abreviada.
Misturam-se com a saudade que chega,
Com a saudade que aumenta,
Que aperta o coração e nos faz chorar.

O tempo não passa depressa, agora
E parece que já passou uma eternidade.

sábado, 3 de agosto de 2013

Alvito - Castelo/Pousada e vila

O Castelo de Alvito, no Alentejo, localiza-se na freguesia e concelho de Alvito, distrito de Beja, em Portugal.
Dominando uma elevação suave nas planícies a noroeste da cidade de Beja, este monumento associa à função militar à de residência, razão pela qual alguns autores preferem classificá-lo como um paço fortificado.
Em 1475, Afonso V de Portugal (1438-1481) outorgou o título de barão de Alvito a João Fernandes da Silveira, funcionário régio cujos descendentes viriam a ser titulados como marqueses. Poucos anos mais tarde, em 1482, João II de Portugal (1481-1495) concedeu ao barão e a sua esposa o direito de aí construírem um castelo, outorgando-lhes o senhorio da vila e dos povoados vizinhos.



Este nobre recebeu novas confirmações da licença-régia para a construção do castelo, por parte do mesmo soberano em 1489, e de Manuel I de Portugal (1495-1521), em 1497. De acordo com uma placa epigráfica sobre o portão de entrada, as obras do actual castelo teriam tido inicio em 1494, a cargo do 2° barão de Alvito, D. Diogo Lopes da Silveira. Estariam concluídas em 1504.
O castelo apresenta-se como um edifício misto de arquitectura militar e residência apalaçada, onde se identificam influências islâmicas, góticas e manuelinas.


De planta rectangular, com quatro torreões cilíndricos ameados nos vértices, os seus lados definem um pátio interior onde se ergue, a noroeste, a Torre de Menagem, adossada ao pano da muralha. O alto dos muros é percorrido por um adarve constituído por parapeito alteado com merlões onde se rasgam as seteiras. As fachadas sudeste e sudoeste, em alvenaria, caracterizam-se como as de um palácio; as de nordeste e noroeste como muralhas unindo as torres. As características manuelinas e islâmicas são identificadas por algumas janelas em arcode ferradura, maineladas, inscritas em arco conupial, com aduelas em tijolo, e pela decoração naturalista dos capitéis.
















porta principal, em arco chanfrado, ostenta, na parte superior, uma epigrafia informando que o castelo foi iniciado no reinado de D. João II e terminado no de D. Manuel I. Era servida originalmente por uma ponte levadiça sobre o fosso, acedendo-se à praça de armas onde se destaca, do lado sul, uma escadaria de acesso à chamada Sala dos Veados, a Capela e os aposentos das torres.
A Torre de Menagem, originalmente mais alta do que o conjunto, apresenta planta quadrada, em três pavimentos: um térreo e dois superiores, onde se rasgam janelas gradeadas.

 Uma nora, que se encontra no jardim do castelo. Bastante bem conservada, é ainda possível ver os potes onde a água era carregada para cima e os arreios onde o animal era posto.





 Jardim das laranjeiras.

Acesso subterrâneo à nora.

Pequena vinha.




 No jardim do castelo/pousada havia um pavão que vaguiava livre pelo jardim.
Um coreto.



O tanque original à construção do castelo.
 Mesa e bancos de pedra, também originas.
Tanque onde os animais bebiam.

Piscina do hotel.













Hoje em dia o castelo foi convertido em pousada e faz parte das pousadas de Portugal.
Aqui podemos encontrar a melhor gastronomia alentejana, num ambiente relaxado e tranquilo, onde podemos recuperar do stress das cidades grandes.
Quarto, bastante agradável e com varanda.
 Hall, a caminho do jardim.
 Salas disponíveis para relaxar.













À volta do castelo é possível visitar a vila, pitorescamente alentejana.
 O coreto.

 A fonte da vila, junto ao muro do castelo.

 Avenida pedonal, junto à estrada que segue para Beja.
Exemplo de um moinho de cereais.




A câmara municipal.
 O largo do coreto, ainda com os preparos da festa.

O Pelourinho, junto ao castelo.













Vale a pena uma visita, sem dúvida.